Video-Case 15 – Wellington Vitorino: da Pobreza ao Empreendedorismo e ao MIT

Rose Mary Almeida Lopes

Tags: AforempreendedorismoEmpreendedorismo JovemEmpreendedorismo SocialPiloto no avião

Wellington Vitorino vem de uma família pobre, da cidade de São Gonçalo, localizada na Baixada Fluminense. Seus pais se separaram quando ele ainda era muito pequeno. Felizmente, mantiveram um relacionamento amigável que ajudou no desenvolvimento do filho. Wellington destaca estímulos e experiências muito importantes propiciados pelo pai, que era padeiro, e pela mãe, assim como por militares e outras pessoas que foram decisivas em sua vida.

Wellington empreende desde seus 12 anos de idade, quando começou vendendo doces e picolés. Conseguiu poupar e pagar parte de seus estudos com seu próprio dinheiro. Em entrevista a um jornal local, Wellington relembra: “Com o dinheiro que eu ganhava dos picolés, eu montei uma pequena fábrica de doces. Comecei a fornecer para uma cantina de uma igreja e, com um ano e meio, vendia para muitos outros lugares. Eu tinha de 22 a 23 pontos de venda”.

Ele estudou em escola pública até o 3o ano do ensino médio, quando conquistou uma bolsa de estudos para uma escola privada da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. A rotina ficou muito pesada, pois o trajeto de São Gonçalo até o bairro da Gávea, em transporte público, tomava várias horas. Por isso, ele recebeu uma oferta inusitada, que você vai conhecer assistindo ao vídeo curto abaixo.

Wellington aproveitou diversas oportunidades educacionais que o impulsionaram na vida. Para melhorar seu Português, foi desafiado a fazer uma redação por semana, o que lhe garantiu nota máxima nessa parte do ENEM ao buscar ingressar em uma universidade.

Querendo estudar no exterior, aprendeu Inglês. Passou por seleções e conquistou o apoio da embaixada americana e do Oxford English Centre. Mas também estudou espanhol e teve apoio da Casa de España.

Em 2015, entre 80 mil candidatos, foi um dos aprovados para o Programa de Líderes da Fundação Educar. Aprendeu muito cedo que “reclamar não muda”. É movido pela crença de que “Só tem direito de reclamar quem faz algo além de pagar impostos e votar certo”.

Em 2015, criou o Programa ProLíder.  Foi um dos fundadores do Instituto Four, organização responsável pelo programa ProLíder, que hoje se destaca como um dos maiores programas de desenvolvimento de lideranças jovens do Brasil. O ProLíder tem um processo de seleção muito disputado e já ajudou a preparar mais de cem jovens brasileiros. Wellington foi diretor executivo do Instituto Four até setembro de 2021. Também fundou o Four Summit, um evento de busca de soluções para os problemas do Brasil.

Estudou Administração de Empresas no IBMEC Rio de Janeiro com bolsa de da Fundação Estudar.

Wellington Vitorino. Fonte: Iara Morselli - O São Gonçalo

Como palestrante, foi destaque em 2020 na categoria Terceiro Setor e Impacto Social na lista “Forbes Under 30”. É parceiro de vários programas de jovens talentos de importantes instituições brasileiras.

Em 2022, Wellington está com 27 anos de idade e, desde o segundo semestre de 2021, estuda na Sloan Management School, a escola de Administração do Massachussets Institute of Technology (MIT), nos EUA

INSTRUÇÕES PARA O EXERCÍCIO

Assista abaixo a sua palestra “O Brasil em que Eu Quero Viver”, gravada no TED da UNESP Bauru, em 2016. A partir do minuto 2´40″, ele conta sua trajetória de vida.

Com a história, você poderá aprender mais sobre os princípios de efetuação, que provavelmente já foram discutidos em suas aulas.

Questões

1. A teoria da efetuação enfatiza o uso dos meios efetuais de cada pessoa: quem ela é, o que ela sabe e quem ela conhece. Cada pessoa normalmente pode fazer muitas coisas com esses meios próprios que tem, ou seja, usando o princípio do pássaro na mão. Identifique como Wellington usou esses três meios efetuais sendo empreendedor desde muito novo.
2. Pode-se dizer que, na vida de Wellington, ele se comportou como piloto de um avião (tendo razoável controle sobre os acontecimentos) e que transformou limões em uma limonada (transformou coisas ruins em boas). Comente o modo como ele transformou sua própria realidade.
3. Como surgiram e o que possibilitaram as iniciativas empreendedoras de Wellington?
4. Que parceiros foram importantes para Wellington vender mais picolés e quais condições esses parceiros o ajudaram a criar, permitindo que ele vendesse seus picolés por três anos no mesmo local?
5. Wellington conta como ampliou sua rede de contatos, interagiu e obteve o comprometimento de uma pessoa que foi decisiva para que ele cursasse o 3o ano do ensino médio em uma boa escola privada. Como ele conseguiu isso e quais novos meios a ampliação da rede de relação (colcha de retalhos) ofereceu a ele?

Conheça mais sobre a Teoria da Efetuação

Os princípios da Efetuação

Efetuação: Efeitos básicos

Tags: AforempreendedorismoEmpreendedorismo JovemEmpreendedorismo SocialPiloto no avião

Vídeo-Cases destaques